Explicar a metalinguística da vida é incrivelmente complicado nessa época. Seria como ensinar uma criança a ser adulto no exato auge da brincadeira. No que prefiro acreditar é que para os meus semelhantes, o mundo gira. Na definição ridícula de de semelhantes, pode ser todos os que possuem um sistema de respiração, assim como alguém que existe.
Ainda que seja retrógrado, o circulo da vida continua em movimento. Por mais que seja retardado o caminho e sejam múltiplos os problemas mentais. Mesmo que o relacionamento esteja em crise e o amor tenha acabado e ainda assim queira esquecer o não solúvel. Apesar de tudo existimos, ainda que não vivemos.
É terrível afirmar que o circulo gira em função das decisões - este é o segundo em que refletimos -. Isso não é um conselho, nem um texto de auto-ajuda, é apenas a única afirmação que temos de um mundo tão cheio de mistérios e armadilhas.
Mas ainda sim é maravilhoso pensar que no meio de toda a notoriedade estamos aí para nascer, para morrer. E porque duvidar tanto, matematicalizar a vida quando na verdade ela é simplesmente humana. Talvez se pensássemos apenas na biologia, simplesmente aprenderíamos. Se usássemos corretamente o português ou soubéssemos exatamente o que acontece nas reações químicas. Mas temos o prazer em escolher o mais difícil, sofrer.
Este circulo dá voltas porque tudo aqui tem um sentido. O que falta é a direção. Só espero não elevar a dor, pois não temos culpa do que escolhemos, afinal, não vejo o futuro ainda. Espera-se não elevar o que precisa acabar, espera-se levantar o que está deitado. Espera-se girar todo este círculo...que não tem fim.